quarta-feira, 27 de abril de 2016

2º Encontro das "Filhas da Luta"


Aconteceu ontem (27/04) o segundo encontro do Grupo ”Filhas da Luta”, integrado por mulheres acompanhadas pela Pastoral da Mulher de BH (Unidade Oblata em MG) e que debate estratégias para a defesa dos seus direitos no exercício da prostituição.



Na primeira parte do encontro elencamos alguns dos direitos mais frequentemente vulnerados na sua atividade e refletimos sobre necessidade de buscar mecanismos para enfrentar tais vulnerações .

Maus tratos
Direitos vulnerados
Falta de segurança
Direito à integridade física
Falta de respeito, discriminação
Direito a ser respeitada na sua dignidade
Calote de cliente
Direito a ser remunerada por seu trabalho
Falta de higiene
Direito a trabalhar em condições de higiene
Falta dos materiais próprios do hotel
Direito a fornecer os recursos e serviços devidos pela diária paga (direito à justa contraprestação de serviços pelo dinheiro pago)
Exigência de trabalhar dois turnos
Direito à autonomia pessoal para decidir o tempo de permanência no local
Limitações de horário para as hospedes entrarem no hotel
Direito a entrar e sair durante as 24 h do estabelecimento hoteleiro




 Insistiu-se muito na demanda de maior segurança e houve reclamações sobre a falta de capacitação, neste aspecto, dos funcionários dos estabelecimentos onde trabalham. O alto preço das diárias, assim como a necessidade de melhorar as condições de higiene e conforto nos quartos foram outros pontos abordados.
Na segunda parte do Encontro trabalhamos o fortalecimento interno de cada uma, a raiz do partilhado na anterior reunião. A  parábola da “A águia e a galinha” de Leonardo Boff nos serviu de base para uma interessante dinâmica. Nela tratamos de redescobrir nosso verdadeiro eu e resgatar nosso ser de águias, nossa paixão por crescer e nos abrir a novos projetos.

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