sexta-feira, 22 de julho de 2011

22 de julho. Santa Maria Madalena: liderança feminina na origem do cristianismo


Eu sou a primeira e a última. Sou a honrada e a menosprezada,
Sou a prostituta e a santa.
Sou a esposa e a virgem
Sou aquela cujas núpcias são
esplendidas, e não tive marido,
Sou a estéril cujos filhos são numerosos.
(Poema Gnóstico O trovão, a mente perfeita)

Falar da tradição de Maria Madalena no cristianismo primitivo significa trazer a nossos dias uma compreensão sobre a presença da mulher na igreja, não somente num papel secundário, mas assumindo protagonismo em igualdade com os  homens.No inicio do cristianismo ela foi muito relevante para aqueles/as que seguiam Jesus.
Sua liderança era reconhecida, como demonstram os relatos da paixão e ressurreição de Jesus. A figura de Maria Madalena foi submetida, na tradição cristã, a uma violência simbólica que  ocultou  sua verdadeira identidade.


Tráfico sexual na Amazônia: “Um pacto silencioso de reprovação moral e aceitação prática”. Entrevista especial com Marcel Hazeu

A exploração sexual de adultos e crianças na Amazônia é um fenômeno antigo que tem raízes profundas e está relacionada ao mercado de trabalho e à formação da região amazônica. Durante o processo de colonização e desenvolvimento local, o tráfico e a exploração mudaram de configuração, mas continuam “expressando a forma como as relações de trabalho e de convivência se organizam no contexto da ocupação colonial e capitalista da região”, aponta Hazeu à IHU On-Line, em entrevista concedida por e-mail.
Pesquisador da ONG Sociedade de Defesa dos Direitos Sexuais da Amazônia (Só Direitos), de Belém do Pará, Marcel Hazeu estudou o tráfico de mulheres do Brasil e da República Dominicana para o Suriname e enfatiza que o tráfico e a exploração sexual na região se intensificam porque há “poucas oportunidades para a população local”. O mercado do sexo, “vinculado a todas as atividades econômicas (construção, transporte, mineração, etc.)”, facilita e possibilita a entrada de crianças e adolescentes em um ciclo de prostituição que se repete a cada nova geração.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Mulheres de coragem - Mara Lucia -

Nesta seção encontrará história de vida de mulheres que dão exemplo de coragem e ousadia, mulheres que inspiram mudanças. A primeira que trazemos  aqui é Mara Lucia.
  
Por: Joelma do Couto no blog Inventar a vida

Morou na rua, criou os filhos e adotou outros tantos. Enfrentou o descaso do poder público, o preconceito e o racismo de uma sociedade hipócrita e injusta. Tinha tudo para se sentir perdedora, para negar a VIDA, para se desiludir. Por alguma razão que eu desconheço, Mara Lucia afirma a VIDA, enfrenta um sistema excludente incluindo corpo e espírito na pauta de todo o dia, segue em frente, luta com ternura sem se deixar enganar. Nos ensina todo dia que temos muito a aprender


Laíssa voluntária da ONG UTPMP fazendo casas de emergência enquanto sofre ação de despejo de sua própria casa.

Laíssa Sobral Martins matricula-se no curso de gestão ambiental de uma universidade privada. Mais tarde voltaremos ao tema.
Esta história poderia começar de muitas maneiras, mas resolvi começar pela mãe, afinal, a mãe é o principio, é onde todos começam.
A mãe de nossa personagem, Laíssa, chama-se Mara Lúcia Sobral Santos. Baiana, vive desde muito pequena em São Paulo. Mara Lúcia, aos nove anos, perdeu a mãe. Se com a mãe a vida já não era fácil, sem ela, o que dizer. Mara Lúcia e suas três irmãs foram parar em um abrigo para menores. De lá, ela fugiu, negou-se a aceitar os maus tratos. Foi para as ruas e, lá, aprendeu com a vida a se virar. As ruas do centro da cidade foram sua escola, sua vida, seu diploma e seu carrasco. Mas Mara Lúcia preferia assim, era um preço alto pela liberdade, porém, era a liberdade.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Turismo e exploração sexual. Um problema social brasileiro

Entrevista com
Dom Giovenale, bispo de Abaetetuba, que há anos denuncia crimes de turismo e exploração sexual na Amazônia.

“A situação da miséria é tão intensa, que o fato de alguém da família se prostituir por um determinado período é uma situação considerada normal”, declara Dom Giovenale. Segundo ele, a miséria é a principal causa que leva as pessoas a se prostituírem. “Aqueles que moram no interior dos estados da Amazônia não têm perspectiva de vida. As capitais dos estados concentram a força econômica, enquanto os municípios do interior vivem do funcionalismo público, das aposentadorias e do Bolsa Família”


Empresa americana fazia turismo sexual na Amazônia



Como ainda podemos aguentar isso?  E ainda o  Governo afirma querer acabar com exploração sexual infantil até 2014! Todos nós, desde a família, a sociedade e o Estado temos uma responsabilidade.  É inadmissível a falta de ações neste sentido.


Empresa americana investigada por turismo sexual na Amazônia


O sentimento é de medo, vergonha e discriminação. É o que relatam quatro jovens índias da etnia mura, que dizem ter sido vítimas de abuso sexual praticado por turistas norte-americanos em excursões de pesca esportiva em rios da Amazônia.
Segundo elas, os estupros aconteceram há, no mínimo, seis anos. As vítimas afirmam que nunca conseguiram esquecer.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Palavra de Mulher -Começar de Novo-

“Troquei a bebida pela pintura”
Em julho de 2009 O Grito Mulher entrevistou  a Lilian. Naquela época  ela fazia programas nos hotéis da zona boemia e começava a conhecer a Pastoral da Mulher, participando de um curso de pintura. Dois anos depois muitas coisas mudaram. Hoje Lilian  está a frente do grupo de geração de renda  “Começar de Novo”, um empreendimento organizado e gerenciado pelas próprias mulheres, assessoradas e apoiadas pela Pastoral da Mulher de Bh, com o objetivo de produzir e comercializar bolsas artesanais  e produtos de pet reciclados e ecologicamente corretos .  O grupo está inserido no Fórum de Economia Solidaria e tem participado com sucesso de diversas feiras  em MG

Pesquisa sobre violência doméstica


Seis em cada 10 brasileiros conhecem alguma mulher que foi vítima de violência doméstica. Desse total, 63% tomaram alguma atitude, o que demonstra a mobilização de grande parte da sociedade para enfrentar o problema.
Esses são alguns dos achados da pesquisa Instituto Avon/Ipsos – Percepções sobre a Violência Doméstica contra a Mulher no Brasil. Entre 31 de janeiro a 10 de fevereiro de 2011, foram entrevistados 1.800 homens e mulheres acima de 16 anos que vivem nas cinco regiões brasileiras. A pesquisa contou com a contribuição do Instituto Patrícia Galvão e da Palas Athena.