sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Para salvar a vida: as mulheres no poder

Há uma feliz singularidade na atual disputa presidencial no Brasil: a presença de duas mulheres, Marina Silva e Dilma Rousseff. Elas são diferentes, cada qual com seu estilo próprio, mas ambas com indiscutível densidade ética e com uma compreensão da política como virtude a serviço do bem comum e não como técnica de conquista e uso do poder, geralmente, em benefício da própria vaidade ou de interesses elitistas que ainda predominam na democracia que herdamos.

Elas emergem num momento especial da história do pais, da humanidade e do planeta Terra. Se pensarmos radicalmente e chegarmos à conclusão como chegaram notáveis cosmólogos e biólogos de que o sujeito principal das ações não somos nós mesmos, num antropocentrismo superficial, mas é a própria Terra, entendida como superorganismo vivo, carregado de propósito, Gaia e Grande Mãe, então diríamos que é a própria Terra que através destas duas mulheres nos está falando, conclamando e advertindo. Elas são a própria Terra que clama, a Terra que sente e que busca um novo equilíbrio.

Esse novo equilíbrio deverá passar pelas mulheres predominantemente e não pelos homens. Estes, depois de séculos de arrogância, estão mais interessados em garantir seus negócios do que salvar a vida e proteger o planeta. Os encontros internacionais mostram-nos despreparados para lidar com temas ligadas à vida e à preservação da Casa Comum. Nesse momento crucial de graves riscos, são invocados aqueles sujeitos históricos que estão, pela própria natureza, melhor apetrechados a assumirem missões e ações ligadas à preservação e ao cuidado da vida. São as mulheres e seus aliados: aqueles homens que tiverem integrado em si as virtudes do feminino. A evolução as fez profundamente ligadas aos processos geradores e cuidadores da vida. Elas são as pastoras da vida e os anjos da guarda dos valores derivados da dimensão da anima (do feminino na mulher e no homem) que são o cuidado, a reverência, a capacidade de captar, nos mínimos sinais, mensagens e sentidos, sensíveis aos valores espirituais como a doação, o amor incondicional, a renúncia em favor do outro e a abertura ao Sagrado.

O feminismo mundial trouxe uma crítica fundamental ao patriarcalismo que nos vem desde o neolítico. O patriarcado originou instituições que ainda moldam as sociedades mundiais como: a razão instrumental-analítica que separa natureza e ser humano e que levou à dominação sobre os processos da natureza de forma tão devastadora que se manifesta hoje pelo aquecimento global; criou o Estado e sua burocracia, mas organizado nos interesses dos homens; projetou um estilo de educação que reproduz e legitima o poder patriarcal; organizou exércitos e inaugurou a guerra. Afetou outras instâncias como as religiões e igrejas cujos deuses ou atores são quase todos masculinos. O “destino manifesto” do patriarcado é do dominium mundi (a dominação do mundo), com a pretensão de fazer-nos “mestres e donos da natureza”(Descartes).

Atualmente, os homens (varões) se fizeram vítimas do “complexo de deus” no dizer de um eminente psicalista alemão K. Richter. Assumiram tarefas divinas: dominar a natureza e os outros, organizar toda a vida, conquistar os espaços exteriores e remodelar a humanidade. Tudo isso foi simplesmente demais. Não deram conta. Sentem-se um “deus de araque” que sucumbe ao próprio peso, especialmente porque projetou uma máquina de morte, capaz de erradicá-lo da face da Terra.

É agora que se faz urgente a atuação salvadora da mulher. Damos razão ao que escreveu anos atrás o Fundo das Nações Unidas para a População:”A raça humana vem saqueando a Terra de forma insustentável e dar às mulheres maior poder de decisão sobre o seu futuro pode salvar o planeta a destruição”. Observe-se: não se diz “maior poder de participação às mulheres”coisa que os homens concedem mas de forma subalterna. Aqui se afirma: “poder de decisão sobre o futuro.” Essa decisão, as mulheres devem assumir, incorporando nela os homens, pois caso contrário, arriscaremos nosso futuro.

Esse é o significado profundo, diria, providencial, das duas candidatas mulheres à presidência do Brasil: Marina Silva e Dilma Rousseff.


Leonardo Boff. Teólogo, filósofo, escritor, co-redator da Carta da Terra. Escreveu com Rose Marie Muraro «Feminino e masculino. Uma nova consciência para o encontro das diferenças» (2002).


Fonte: http://www.cartacapital.com.br/politica/para-salvar-a-vida-mulheres-no-poder

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Mulher Forte e Mulher de Força


Uma mulher forte malha todo dia

para manter seu corpo em forma...

Uma mulher de força constrói

relacionamentos para manter

sua alma em forma.



Uma mulher forte não tem medo de nada...

Uma mulher de força demonstra coragem,

em meio a seus medos.



Uma mulher forte não permite que

ninguém tire o melhor dela...

Uma mulher de força dá o

melhor de si a todos.



Uma mulher forte comete erros e

evita-os no futuro...

Uma mulher de força percebe que os

erros na vida, também podem ser bênçãos inesperadas e aprende com eles.



Uma mulher forte tem o olhar

de segurança na face...

Uma mulher de força tem a graça.



Uma mulher forte acredita que ela

é forte o suficiente para a jornada...

Uma mulher de força tem fé que é

durante a jornada que ela se tornará forte.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Espanha desarticula rede de prostituição masculina que envolve brasileiros

Quatorze pessoas foram detidas após a desarticulação da primeira rede de tráfico de homens na Espanha, em sua maioria procedentes do Brasil, anunciou a polícia nacional espanhola.

Esta é a primeira vez que a Espanha acaba com uma rede dedicada à exploração sexual de homens, afirma um comunicado policial. As detenções aconteceram em Palma de Malhorca, Madri, Barcelona, Alicante e León.
"Os homens eram captados no Brasil e a organização fornecia a ''bolsa de viagem'' e a passagem de aviãon, que era comprada com cartões clonados", completa o comunicado.
Os homens eram enganados sobre as futuras condições de trabalho.
"Uma vez na Espanha, o líder da rede os distribuía pelas diferentes casas de encontros e fornecia cocaína, outros tipos de drogas e Viagra para prostituição", completa o texto.
A rede atraía clientes com anúncios nos classificados de jornais e em sites, que exibiam fotografias dos jovens disponíveis.
As 14 pessoas indiciadas também são suspeitas de terem fornecido drogas às vítimas e aos clientes.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI4651680-EI294,00-Espanha+desarticula+rede+de+prostituicao+masculina+que+envolve+brasileiros.html

Haiti: após tremor, prostituição vira meio de sobrevivência


Passados seis meses do terremoto que devastou o Haiti, a vida cotidiana ainda está longe de voltar ao normal. A tragédia, que se abateu sobre todos os setores da sociedade, deixou centenas de meninas e jovens órfãs que buscam na prostituição uma saída para conseguir sobreviver.

Uma adolescente que se identificou à agência AP apenas como Beti, 15 anos, afirmou que se tornou prostituta após perder toda a sua família no terremoto.
O mesmo cenário afeta dezenas de outras jovens, que se submetem a ter relações sexuais em barracos improvisados - no chão, sob pedras e em meio aos destroços de prédios destruídos pelo tremor.
De acordo com organizações de Direitos Humanos, a prostituição é um dos poucos setores que cresceu na capital Porto Príncipe após o tremor.

fonte: http://noticias. terra.com. br/mundo/ noticias/ 0,,OI4568743- EI8140,00- Haiti+apos+ tremor+prostitui cao+vira+ meio+de+sobreviv encia.html

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

MULHERES EMPREENDEDORAS


Jornal O Tempo

Pesquisa. Levantamento do GEM/Sebrae mostra que elas estão mais audaciosas para abrir a própria empresa
Mulheres já são 53% dos 18 milhões de brasileiros que são empreendedores

ALINE LABBATE

Elas não querem mais apenas ter o mesmo salário dos homens, nem as mesmas chances de emprego. As mulheres, no Brasil, querem mesmo é ser donas dos próprios negócios. É o que diz a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feita em parceria com o Sebrae. Em 2009, de cada cem empreendimentos em estágio inicial, 53 eram liderados por mulheres e 47 por homens. Esta é a primeira vez que a proporção de mulheres empreendendo superou a de homens. Dois anos antes, elas estavam à frente de 40% dos novos negócios.

Ainda segundo a pesquisa GEM, apenas dois países no mundo estão à frente do Brasil em empreendedorismo feminino: Tongo, com 61%, e Guatemala, com 54%. E as brasileiras estão investindo em negócios cada vez mais planejados e consistentes. O diagnóstico é baseado no percentual de empreendedores por oportunidade, que no ano passado foi de 53,4% para mulheres.

Juliana Trivellato, 24, foi uma que aproveitou o bom momento para inovar. Aos 22 anos, ela resolveu trancar a faculdade de direito para abrir uma franquia de uma agência de viagens no bairro Floresta, região Leste da capital. "As lojas desta rede eram só em shoppings ou em áreas nobres da capital. E eu conheço a região da Floresta, sei que tem uma classe média que já conquistou a casa própria e, agora, tem dinheiro sobrando para investir em lazer", conta. E foi um tiro certeiro. A dona da primeira loja de rua da rede conta que, em pouco mais de um ano, conseguiu recuperar os R$ 150 mil investidos no negócio e já está pensando em abrir mais uma franquia na região. "No início, foi difícil, pois tive que me impor diante de funcionários com muita experiência de mercado. Todo mundo me olhava com aquela cara: o que você entende de turismo? Quero ver esta advogada se virar. E eu me virei", conta, orgulhosa.

Segundo Mara Veit, gerente de atendimento ao empreendedor do Sebrae, a nova mulher está partindo para negócios diferenciados, que oferecem um algo a mais para o cliente. No ramo de negócios, os empreendimentos estão mais voltados para serviços nas áreas de saúde, bem-estar e qualidade de vida. "São spas, salões de beleza, clínicas de estética, mas todos com um olhar diferenciado, oferecendo atendimento personalizado e investindo na personalidade do negócio", explica.

Feira

O que. O Sebrae realiza a Feira do Empreendedor, que inclui programação específica para o público feminino, como seminários de moda, comércio e tecnologia.

Público. A expectativa é reunir 100 mil pessoas, 40 mil a mais que em 2009.

Quando. Entre os dias 31 de agosto e 5 de setembro, no Expominas (avenida Amazonas, 6.030). A entrada é gratuita.

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Registro


Elas querem se formalizar

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 10 milhões de trabalhadores informais no Brasil. Uma das alternativas para atrair essas pessoas para a formalidade é o EI, ou Empreendedor Individual. Criado em julho de 2009, o EI é voltado para trabalhadores autônomos (costureiras, pintores, encanadores, etc.) que não recolhem tributos e não possuem cobertura previdenciária.

Minas Gerais já possui mais de 46 mil empresários formalizados como EI, e o Sebrae espera, até o fim de 2010, formalizar mais 102 mil. De acordo com a gerente de atendimento ao empreendedor do Sebrae, Mara Veit, não existe uma pesquisa discriminando o perfil desses empresários, mas ela garante que as mulheres são a maioria. “Elas já tinham uma característica de desenvolver atividades caseiras para complementar a renda. Agora, estão formalizando os negócios”.

Foi exatamente o que aconteceu com Kelly Netzker, 36. Em junho de 2009, ela deu uma entrevista para O TEMPO sobre as caixas de presente personalizadas que fazia para o Dia dos Namorados. “O que começou como um hobby, de repente, virou uma empresa e eu tive muitos pedidos”, lembra. O sucesso foi tanto que Kelly comprou máquinas, aumentou o mix de produtos e contratou um funcionário. Resultado: tornou-se uma empreendedora individual.

Podendo emitir notas fiscais, conseguiu clientes importantes como grandes empresas. “Gosto de correr riscos, e não perigo. Fiz tudo com cautela e agora tenho o meu negócio”, conclui. (AL)

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Minientrevista


“A mulher é um misto de agressivo e cauteloso”

Kleber Câmara Professor e diretor do IBs/FGV

Qual a diferença da mulher de hoje para a de dez anos atrás? A diferença já deu pra ser sentida nos últimos cinco anos. No IBS/FGV, que é voltado para a área de negócios, nós não conseguimos identificar um curso que seja mais feminino ou mais masculino. O de engenharia de produção, que, antes, tinha muito mais homens, agora está completamente equilibrado. Já no curso de administração de empresas, quase 60% dos alunos são mulheres.

Qual a característica dessas mulheres? As alunas já chegam aqui com um perfil mais empreendedor, de gestão mesmo. A mulher tem uma característica mista, que envolve agressividade e cautela. Elas têm muita iniciativa, a gente vê o perfil de gestora aflorando cedo. Algumas mulheres se sentem mais à vontade para trabalhar com o público, mas isso não chega a ser um perfil. Hoje, muitas empreendedoras estão em várias áreas.

Por que elas estão se destacando como empreendedoras? Esse destaque é uma combinação de fatores econômicos e sociais. O avanço da industrialização alterou a estrutura produtiva e as mulheres estão com nível maior de escolaridade em relação aos homens. Elas entram na faculdade com a cultura de “somos iguais e estamos tomando conta do mercado” e levam os estudos mais a sério.

Como legalizar

Regras. Podem aderir ao EI trabalhadores com faturamento anual de até R$ 36 mil e que não sejam sócios de nenhuma empresa. O EI pode ter um funcionário e participar de concorrência pública.

Publicado em: 29/08/2010

Fonte: http://www.otempo.com.br/

Começando a semana com humor...