sexta-feira, 27 de novembro de 2009

JORNAL GRITO MULHER - EDIÇÃO 109 - OUT/NOV 2009

CLIQUE NAS IMAGENS PARA VISUALIZAR MELHOR





























EU NÃO TE QUERO ENXAQUECA....


CONHECENDO A ENXAQUECA


No mundo em que vivemos, estamos constantemente expostos a momentos de estresse, cansaço, falta de sono, preocupações excessivas, alimentação inadequada etc. Tais problemas acabam por ocasionar dores de cabeça que podem estar relacionadas a problemas de visão, problemas emocionais e outros. Mas também podem ser ocasionadas por uma síndrome conhecida como enxaqueca.



Diferente de uma simples dor de cabeça, a enxaqueca é um conjunto de sintomas, cuja causa ainda não está bem esclarecida. Muitos especialistas defendem a idéia de que a enxaqueca pode ser causada por uma alteração química em nosso organismo. Nosso corpo pode ser comparado a uma máquina e, quando esta máquina não está funcionando corretamente ela começa a emitir sinais que nos fazem perceber que algo está errado. A dor representa um destes sinais. Para que eles sejam transmitidos, temos que produzir determinadas substâncias conhecidas como neurotransmissores. Quando a pessoa tem enxaqueca, estas substâncias estão sendo produzidas de maneira incorreta, o que provoca as crises de dores de cabeça.



Suas características principais são: dores de cabeça repetitivas, podendo ocorrer em qualquer local da cabeça, inclusive na face, geralmente com sensação de que a cabeça está pulsando, com intensidade de dor moderada a intensa, usualmente acompanhada por náuseas e vômitos. A dor pode durar de 3 horas a 3 dias e a pessoa pode apresentar incômodo intenso com a claridade, com barulhos (ou até ruídos) e com determinados cheiros que se tornam insuportáveis, além de falta de concentração, tontura e irritabilidade.



Outra característica comum é a aura, uma espécie de "aviso", que alguns chamam de "premonição", pois a pessoa começa a ter sensações estranhas minutos ou até horas antes de apresentar a dor de cabeça, que são devidas a alteração no cérebro que ocorre antes da crise. Estas sensações podem ser: alucinações visuais, similares a luzes ou linhas piscando em seu campo visual, perda progressiva da visão passando a enxergar somente parte de objetos, formigamento da língua, lábios, braços e pernas, alterações da fala, bocejos constantes e necessidade repentina de algum alimento. Este fenômeno dura de 20 minutos a 1 hora. Vale lembrar que um em cada cinco portadores de enxaqueca apresenta esse "aviso" – a aura.



Apesar das poucas informações sobre a enxaqueca, sabe-se que ela é hereditária, ou seja, transmitida de pai para filho. Ela pode ser desencadeada por diversos fatores, como: freqüentar lugares muitos claros ou barulhentos, alterar a rotina do sono, atrasar refeições, ingerir determinados alimentos (café, álcool, queijos, vinhos, cerveja, embutidos como salsicha, mortadela, presunto, etc; frituras como pastel, quibe, coxinha e outros), alguns tipos de medicamentos, cansaço, ansiedade, crise emocional, período menstrual, inalação de poluentes e até exercícios físicos excessivos podem ser suficientes para provocar uma crise. Mas estes fatores variam muito de pessoa para pessoa. O ideal é conhecer o próprio corpo e identificar quais hábitos podem desencadear uma crise.



Uma ideia bastante comum para os portadores de enxaqueca é a associação da doença a problemas no fígado ou no estômago. Como a dor forte pode causar náuseas e vômitos, é comum que haja um desconforto e a sensação de enjôo, mas na verdade não existe nenhuma alteração nestes órgãos, e sim uma sensação causada pela dor. O acompanhamento médico é necessário para um correto diagnóstico e para ajudar a identificar quais os fatores que desencadeiam a crise. Na consulta, a pessoa deverá falar de todas as características de sua dor, como o local, intensidade, duração, freqüência e os fatores que a desencadeiam. Talvez seja necessário a realização de alguns exames para descartar outras doenças. A partir do diagnóstico e buscando a prevenção das crises, é recomendado que seja evitada a exposição a estes fatores e observado os resultados obtidos. Caso as dores e crises permaneçam, deverá ser iniciado o tratamento medicamentoso específico para a síndrome, sob prescrição médica.



É importante saber que, se a pessoa tem mesmo enxaqueca, os analgésicos comuns não são eficientes para acabar com uma crise. Estas dores só podem ser tratadas com medicações específicas para enxaqueca, porque o uso de analgésicos comuns contribui para cronificar as dores e causar o chamado Efeito Rebote, no qual a dor passa quando a pessoa toma o remédio, mas retorna após algumas horas, por vezes, mais forte. Os medicamentos específicos para o problema, utilizados da maneira correta, conseguem diminuir ou extinguir a dor sem necessitar de doses mais altas, que podem ser um risco para a saúde. Alguns médicos trabalham com a terapêutica alternativa e indicam tratamentos como florais, homeopatias, massagens e acupuntura para acabar ou prevenir as crises, mas também sob orientação clínica.



Algumas dicas que podem ajudar no tratamento da enxaqueca: evitar o consumo excessivo de cafeína (máximo de 3 xícaras de café por dia), ter um ritmo de sono regular (6 a 8h por dia), evitar jejuns prolongados e exposição ao sol forte; manter alimentação adequada e no horário, evitando alimentos que possam causar crise e evitar situações de estresse.



Referências Bibliográficas:
BENNETT, J.C; PLUM, F. Cecil Tratado de Medicina Interna. Vol 2, 20ª edição, Ganabara Koogan, RJ, 1997. H.P. RANG; M. M. DALE; J. M. RITTER, et al Farmacologia. 6ª edição Elsevier, SP, 2007. ABC da saúde: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?181
Elaborado por: Alessandra Martins, Maria Thereza Magalhães,
Renata Slaib. Acadêmicas da Escola de Enfermagem da UFMG
Orientadora: Professora Eliana Aparecida Villa. Escola de Enfermagem da UFMG

Quais serão as consequências da efetivação do projeto da Nova Guaicurus?


??????????
Faz algum tempo tivemos notícia de um projeto de lei que pretendia requalificar a tradicional rua Guaicurus no centro da cidade. Pelo projeto, a área seria tranformada em eixo cultural e ponto residencial, afastando a zona de prostituição. O vereador Alexandre Gomes, autor do citado projeto (Nº 1.450/2007), comentou, na época em que a proposta estava em pauta para ser discutido e votado pelos parlamentares, que "a área física está deteriorada e a degradação humana, principalmente, precisa ser reduzida ao máximo". Ao entrar em contato com a Central de atendimento da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), tivemos acesso à situação do projeto. Consta que a tramitação foi finalizada e até hoje o vereador Alexandre Gomes não reativou o processo, considerando-se que ele foi reeleito.

Mas, o Programa Centro Vivo da Prefeitura de BH, que começou a ser implantado em 2004, conta com uma etapa que prevê a construção de hotéis e revitalização na rua Guaicurus para servir à Copa do Mundo de 2014. A prefeitura pretende dar maior atenção a esta parte do centro, conhecida como baixo meretrício. A "plástica" nessa área seria a última etapa do projeto. De acordo com Maria Caldas (gerente de Projetos de Articulação Urbana da PBH), outras medidas como a transformação de imóveis comerciais em moradias destinadas a famílias carentes, devem manter uma certa diversidade no perfil de moradores. Um pré-projeto prevê que a região passe por uma ampla requalificação. Os galpões ocupados por sex shops, bares, hotéis, cabines etc, poderão vir abaixo, desde que não sejam tombados como patrimônio histórico.

A preocupação da Pastoral da Mulher em relação a este projeto é o fato de não levar em conta, ou pelo menos, não trazer à tona alternativas para as mulheres que se encontram nos hotéis. Muitas já são idosas e estão há mais de 20 anos na prostituição (algumas até residem nos locais). Sobre as condições de higiene e estruturais, a vigilância sanitária já deveria atuar, e não esperar um projeto de revitalização para agir. Enfim, nosso posicionamento é: qualquer decisão sobre modificações na área, deve contar com a opinião de todos e todas as interessadas, especialmente das mulheres (cerca de 3.000 mulheres) que ali se encontram, pois configuram a parte mais vulnerável. O diálogo e busca pela melhor qualidade de vida das pessoas é uma forma de reduzir a degradação humana. Estamos em busca de maiores informações e procuraremos mantê-las informadas, até mesmo para se prepararem e lutarem por seus direitos.
Redação APMM/BH

Referência: Hoje em dia - Ana Paula Lima e Augusto Franco - Ago/09; Câmara Municipal de Belo Horizonte; PBH.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Dia 25 de novembro - Dia Internacional de Não violência contra a mulher



Por uma sociedade mais
humana, que se mobilize pela efetividade
dos direitos da mulher.

Pela dignidade e respeito.

Pela cidadania e
políticas públicas favorecendo
todas as classes, raças e gêneros.